quinta-feira, 24 de maio de 2012

9.ª edição do Boom festival: Novas confirmações



Estão já confirmados os primeiros nomes para a 9.ª edição do Boom festival, um dos mais conceituados eventos multidisciplinares de cultura independente do mundo e o maior festival português sem patrocínios. De 28 de julho a 4 de agosto Idanha-a-Nova recebe mais de 800 artistas, oriundos de todo o mundo, das mais variadas correntes artísticas como pintura, escultura, land art, música, vídeo arte, artes plásticas e instalações interativas.

O Boom Festival é hoje um dos mais importantes eventos no circuito dos festivais mundiais. Prova disso é a confirmação dada pela reconhecida revista Classic Rock destacando-o como o festival do ano, escolhido entre os melhores do mundo. A reportagem realizada pelo jornal The Guardian, na edição de 2010, considera que muito mais do que um evento cultural o Boom é uma experiência obrigatória, dadas as suas características diferenciadoras.

Mais de 800 artistas dos quatro cantos do mundo irão passar por Idanha-a-Nova durante a 9.ª edição do Boom. Este festival que se caracteriza pelos seus traços únicos como evento multidisciplinar, transgeracional e intercultural, cruza as mais variadas culturas através do seu público e das diferentes expressões artísticas que recebe.

As diferentes zonas do recinto foram desenhadas com o intuito de conceder ao público diversas experiências pessoais e artísticas. Desde espaço para música, exposições, bem-estar a workshops ou palestras, o Boom Festival garante àqueles que por lá passam uma experiência única e memorável. O grande objetivo é, como sempre, ser mais do que um festival, um espaço de aprendizagem e troca de experiências.

Recinto

O Dance Temple é uma impressionante bioconstrução em bambu, que se destaca pelo seu design e pela utilização de artes digitais em consonância com materiais naturais. Este espaço receberá algumas das atuações de música avançada que passarão pelo festival. Já o espaço Ambient Source será dedicado às sonoridades downtempo, com concertos de Rão Kyao, até atuações da lenda Mixmaster Morris.

O espaço Alchemy Circle, característico pela sua cenografia e pelos sedutores jardins, será dedicado inteiramente à fusão entre bandas, artes performativas e atuações de estilos como Bass Music, World Music, Dubstep, Techno, entre outros.

O espaço aberto Sacred Fire continuará a ser um local de land art e música acústica. Poder-se-á ainda participar em diversos workshops de sustentabilidade, ou artes plásticas, e experimentar variados estilos gastronómicos. O espaço ideal para a contemplação e comunicação.

A encantadora Liminal Village é novamente o local encarregue de receber o programa cultural do Boom Festival. Destaque para alguns dos pensadores ativistas como Charles Eisenstein e Daniel Pinchbeck. Esta zona congrega uma galeria de arte e espaços para conferências, painéis de discussão e workshops de diversos autores e artistas convidados. O Boom Festival proporciona mais de 100 workshops gratuitos durante a sua realização.
A Healing Area é uma das zonas mais singulares do Boom Festival. Considerada a melhor área de wellness num festival de cultura independente por inúmeras pessoas, este local apresenta um programa de variadas atividades por vários terapeutas profissionais. De meditação a workshops, yoga, Reiki, chi kung, para além da singularidade de proporcionar atividades na única piscina watsu móvel que existe em Portugal.

Educação: O Boom é um festival de educação. Com inúmeros workshops, painéis de discussão, atividades interativas, este festival interage com o seu público para além do entretenimento. O programa de workshops está disponível no website e tem atualizações constantes.

Destaques
Gaudi: é considerado um dos mais importantes artistas de dub da atualidade e reconhecido pela rádio BBC como um dos melhores artistas World Music do Mundo. Como músico e produtor editou 12 álbuns e viu alguns dos seus trabalhos nas tabelas de êxitos, recebeu discos de ouro e vários prémios e nomeações.

GOCOO: é um grupo composto por sete mulheres e quatro homens que captam a atenção da audiência com percussão assente no som de Taiko, tambores japoneses. Em palco os 11 músicos oriundos de Tóquio criam com mais de 40 tambores um espetáculo musical único e hipnotizante.

The Gamelatron: Aaron Taylor Kuffner traz até ao Boom uma instalação que tem percorrido o mundo, da Art Basel ao MOMA de Nova Iorque. Kuffner construiu a primeira e única orquestra robótica completa de Gamelan (estilo musical indonésio), controlada por computador. A imponência da estrutura da orquestra construída pelo artista conceptual exige que seja conhecida ao vivo.

Mixmaster Morris: é uma lenda e um dos principais artistas da cena eletrónica. Morris Gould já conta com mais de 25 anos de carreira musical, tendo ao longo do percurso passado por vários géneros como indie, punk rock e jazz experimental. Irá criar uma atuação especial de 6 horas exclusivamente para o Boom Festival.

Gerard Minakawa: designer nova-iorquino especialista em construções e fundador do Bamboo DNA. As suas obras viajam pelo mundo em exposições e eventos, é artista residente do Coachella, passando por outros locais como Museu de História Natural de Los Angeles ou Burning Man. Já foi referenciado em meios de comunicação social como Washington Post, Wall Street Journal, Boston Globe, Christian Science Monitor, entre outros. Grande parte das estruturas do Boom serão obra de Gerard Minakawa, que passará cerca de um mês no nosso País, para as executar.

Andrew Jones: é o derradeiro artista digital. Andrew trabalhou para empresas como a Light and Magic e Nintendo, é responsável pela criação da comunidade artística online, ConceptArt e cofundador do estúdio Massive Black. As suas ilustrações já receberam variadas nomeações. O artista digital estará presente pela primeira vez em Portugal para apresentar os seus trabalhos.

Daniel Popper: artista plástico especializado em marionetas gigantes, instalações, pintura e escultura. O artista sul-africano já viu a sua obra presente em alguns dos mais importantes eventos do mundo, como o Mundial 2010.

Charles Eisenstein: é autor e orador e uma das principais figuras do movimento Occupy e da nova economia. Já com três livros editados e vários artigos publicados, Charles é uma das vozes que lideram uma nova abordagem à economia, através de um sistema onde valores humanos conseguem ser valorizados ao mesmo nível que lucro e evitamento de externalidades ambientais.
(fonte: http://www.ruadebaixo.com)

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